CAMPANHA MAIO ROXO ALERTA PARA CAUSAS E CUIDADOS COM AS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTES
As DIIs acometem principalmente adultos jovens entre 15 e 35 anos. Maio (“Maio Roxo”1) é consagrado como mês mundial de alerta para estas doenças, que podem levar à incapacidade física e a hospitalizações recorrentes.
Dor abdominal, cólica e diarreia são alguns dos sintomas das doenças inflamatórias intestinais, um grupo de enfermidades crônicas, que provocam um impacto significativo sobre a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. As mais conhecidas são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Ambas acometem adultos entre 15 e 35 anos e novamente entre 55 anos e 75 anos2. No Brasil, não existem dados precisos sobre prevalência dessas enfermidades. Entretanto, estudos indicam que no Estado de São Paulo existem 52,5 casos por 100 mil habitantes, dos quais 53,8% são portadores de retocolite ulcerativa e 46,2% de doença de Crohn3.
“A campanha Maio Roxo surgiu para potencializar a repercussão do Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais, celebrado em 19 de maio. A iniciativa tem por objetivo chamar a atenção da sociedade sobre essas enfermidades, mostrando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento correto – elementos fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma Marco Paschoalin, diretor médico da AbbVie Brasil, companhia que apoia as iniciativas de Maio Roxo. “Sabemos que muitos pacientes que convivem com doenças crônicas, como é o caso das doenças inflamatórias intestinais, estão enfrentando problemas para continuar com o seu tratamento. Falar sobre o impacto das DIIs no dia a dia destes pacientes é uma forma de apoiar essas pessoas ao longo da sua jornada ”.
Doença de Crohn e retocolite ulcerativa – A doença de Crohn afeta a parte inferior do intestino delgado e o intestino grosso, mas pode atingir qualquer órgão do aparelho digestivo. Causa diarreia, cólica abdominal, febre e sangramento retal. Já a retocolite ulcerativa acomete o intestino grosso. É caracterizada pela inflamação e ulceração da camada mais superficial do cólon, a mucosa. Os sintomas incluem diarreia persistente, com sangramento retal e dor abdominal3. Enquanto a doença de Crohn pode afetar qualquer área do trato gastrointestinal, a colite ulcerativa afeta apenas a camada mais superficial do cólon. A síndrome do cólon irritável não tem nenhuma relação com a retocolite ulcerativa ou doença de Crohn4.
Acesso – Pacientes de doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Chron, podem contar com opções terapêuticas para ambas as doenças, incluindo medicamentos biológicos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), quanto em planos privados de assistência à saúde (em abril último, a ANS incluiu, na lista de procedimentos obrigatórios oferecidos pelos planos privados de saúde, exames diagnósticos, como a calprotectina fecal, utilizado tanto para diferenciar quadros abdominais orgânicos e funcionais, quanto no acompanhamento da atividade inflamatória das DII).
Causas5 – As causas da DII ainda não são totalmente conhecidas. Acredita-se que a hereditariedade exerça algum papel no seu desencadeamento: cerca de 20% das pessoas portadoras de DII têm alguém na família que também é portador. Porém, outros componentes, como descontrole do sistema imunológico, também podem estar envolvidos.
Sinais, Sintomas, Desconhecimento – A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as duas doenças inflamatórias intestinais crônicas e afetam homens e mulheres indistintamente. São de difícil diagnóstico e podem levar os pacientes a hospitalizações frequentes e a necessidade de cirurgias, incluindo amputação do reto. Dor abdominal e/ou diarreia frequentes e persistentes, urgência para evacuar e, em alguns casos, com sangue nas fezes, são alguns dos principais sinais.
Pesquisa DATAFOLHA (2017), patrocinada pela AbbVie, sobre “Hábitos de Saúde do Brasileiro – Conhecimento sobre Doenças Inflamatórias Intestinais”, indicou que aproximadamente dois terços dos brasileiros associam a dor de barriga ou diarreia a uma simples virose. Poucos associam a dor de barriga frequente e persistente a doenças mais sérias, como câncer (6 por cento), doença de Crohn e retocolite ulcerativa (ambas mencionadas por 3 por cento dos entrevistados cada, equivalentes a somente aproximadamente 5 milhões de pessoas)6.
Tratamento – As DIIs são doenças crônicas e, portanto, requerem tratamento a longo prazo. O tipo de tratamento depende da gravidade da doença, da parte do intestino afetada, ou de possíveis complicações. O objetivo do tratamento médico na DII é controlar a inflamação. Casos avançados, podem requerer intervenções cirúrgicas, incluindo a retirada de parte do intestino4.
O controle da doença pode incluir adoção de hábitos saudáveis, com rotina de exercícios físicos, alimentação balanceada e não fumar.4
Para mais informações sobre as DIIs, acesse http://bit.ly/cuidedoseuintestino.
Referências
1. Em https://worldibdday.org
2. Salviano FN, Burgos MGPA, Santos EC. Perfil socio econômico e nutricional de pacientes com doença inflamatória intestinal internados em um hospital universitário. Arq. Gastroenterol. 2007 Jun; 44(2):99-106
3. Gasparini, Rodrigo – Incidência e Prevalência de Doenças Inflamatórias Intestinais no Estado de São Paulo, Botucatu 2018, Tese de doutorado da Universidade Paulista Julio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina.
4. Em https://gediib.org.br/perguntas-frequentes/
5. Em “Pesquisa sobre Conhecimento e Hábitos de Saúde da População Brasileira”, Instituto DATAFOLHA, maio de 2017.