Ansiedade Crohn Retocolite: uma estreita relação
Ansiedade, Crohn, Retocolite: uma estreita relação. Como Práticas Integrativas podem auxiliar as pessoas que sofrem com essas doenças?
A ansiedade é um promovedor de vários desarranjos no ser humano. Essa emoção, assim como todas as nossas emoções é importante para a nossa manutenção diária. O problema é quando ela chega a níveis muito altos, nos causando problemas de várias ordens.
No estudo das emoções, a ansiedade é uma emoção que fala sobre “preparo para o futuro”. Ela que nos coloca de prontidão para enfrentar situações que somos capazes de prever de certa maneira. Daí então nos colocamos de prontidão para o que tem por vir pela frente.
A ansiedade em níveis maiores do que o necessário promove o aumento de diálogo interno – que é de fato a pessoa conversar com ela mesma dentro da cabeça dela – em sua maioria pensamentos intrusivos e infelizes. Esses diálogos internos sempre tendem a ser de teor infeliz, em torno de doenças, acidentes, etc.
Com o aumento desses pensamentos, a mente elaborando cada vez mais cenas desastrosas, o corpo vai sempre se preparando para essas possíveis situações que ele não sabe se está pra acontecer ou não na realidade, uma vez acionado o comando de alerta, o corpo simplesmente se prepara para reagir e aí que o problema vai virando bola de neve.
Quando nos desequilibramos no trato com essa emoção, a mente entra num estado de “ter que ficar sempre alerta” e é aí que começam os nossos problemas. O estado de alerta em nós acontece seguido da liberação basicamente de cortisol e adrenalina no corpo, o que nos deixa em certo estado de tensão. O que leva cada vez mais à liberação de cortisol e/ou adrenalina.
Como não há nada pra acontecer realmente, o corpo sofre as consequências dessa quantidade de neurotransmissores excessivamente liberados. Após entrar nesse estado algumas ou várias vezes seguidas ao longo do dia é comum o indivíduo sentir tremores, sudoreses, palpitação, extremidades geladas, vontade incontrolável de excretar, vômitos, etc.
A ansiedade em altos níveis e repetidas vezes passa a configurar o que chamamos síndrome de ansiedade, ou seja, a recorrência do estado de ansiedade em níveis consideráveis trazendo outros problemas subordinados a esse estado, inclusive o medo.
Quando a ansiedade se configura enquanto crise ou síndrome, ela traz um outro fator agregado, o medo. A ansiedade associada à questões de saúde, tendem a pensar excessivamente sobre a piora do próprio quadro ou que acontecerá com elas se tiverem alguma situação de risco. Esse “fenômeno” leva o indivíduo a um estado de “looping mental” onde ela pensa cada vez mais sobre os riscos, imagina cada vez mais situações desagradáveis e isso aumenta cada vez mais o seu medo e consequentemente a ansiedade toma conta trazendo os desconfortos já mencionados.
Esse “looping mental” é o ápice do diálogo interno que leva finalmente a pessoa a ter crises de ansiedade e posteriormente caminhar para o pânico, caso não seja tratado devidamente. É esse estado repetitivo da mente que leva a pessoa a fixar o pensamento nos próprios sintomas, nas próprias dores, na própria doença, sugestionando inconscientemente a si mesma o aumento considerável do próprio mal estar que possa estar sentindo.
Agora combine todo esse efeito da ansiedade com alguém que tem DII’s e perceba como a ansiedade desequilibrada poderá lhe causar o aumento do desarranjo do próprio quadro. O pensamento repetitivo, o foco nos sintomas, o excesso de elaboração dos próprios problemas tem por consequência aumentar as dores, crises e mal estares.
Por isso a importância do processo terapêutico, para aprender a lidar com os problemas de maneira mais clara, mais branda e pacífica principalmente consegue mesmo. Aprender a dizer não quando for preciso, a se posicionar sem precisar “engolir sapo”, a dizer com honestidade sobre os próprios sentimentos e pensamentos. Tudo isso leva a um equilíbrio fisiológico. A mente comanda o corpo, o corpo ajusta a mente e vice-versa. A busca pelo bem estar mental é crucial para a melhoria do corpo físico.
As Práticas Integrativas e Complementares para Ansiedade Crohn Retocolite
As PIC’s (Práticas Integrativas e Complementares) são técnicas terapêuticas que tem por objetivo dar complemento e/ou sustento aos tratamentos convencionais da medicina convencional. Em sua grande maioria – senão totalidade – debruçarão a atenção sobre as questões psicológicas e emocionais de qualquer enfermidade, isso não seria diferente para com as pessoas com doenças inflamatórias intestinais.
Elas buscam oferecer ao paciente uma tratativa com acolhimento e um olhar abrangente em torno de toda e qualquer enfermidade, daí muitas vezes atrelada ao termo holístico(relativo ao holismo; busca o entendimento integral dos fenômenos). Essas práticas não têm necessariamente comprovações científicas. Muitas delas quando produzem efeitos positivos aos pacientes geralmente são consideradas pela ciência convencional como placebo.
Reconhecendo, porém, essa incapacidade de comprovar os seus efeitos de maneira sistemática, o acolhimento de muitas técnicas pela OMS bem como pelo SUS, demonstra que empiricamente o efeito terapêutica dessas técnicas oferecem benefícios consideráveis a quem as busca.
Transcendendo então o olhar objetivo do mal funcionamento do sistema digestório, chegamos aos elementos subjetivos do ser humano, as emoções e os pensamentos. No entanto eles influenciam determinantemente o bom ou mal funcionamento do corpo. Das técnicas que trabalho e ofereço no meu consultório – Hipnose, PNL e Reiki – cada uma, no seu momento certo, auxilia a reduzir alguns sintomas das DII’s.
O assunto energia vem sendo cada vez mais observado pela área da saúde no âmbito objetivo da fisiologia humana, Somos dotados de energia nervosa no sistema nervoso central, que pulsa energia ao corpo grande parte do tempo. Nos alimentamos, descansamos, praticamos atividade física, para manter a energia e o funcionamento do corpo com boa qualidade. Existem suplementos alimentares que servem para fortalecer a energia do corpo, enfim, sem mística, esse já é um assunto comum quando falamos de saúde e bem estar.
Nós que buscamos estudar energia transcendendo o conhecimento científico convencional, descobrimos que os pensamentos e o sentimentos influenciam diretamente na nossa vida. E ambos atuam diretamente no nosso corpo físico trazendo saúde ou adoecimento de acordo com sua frequência e intensidade.
Levando isso em consideração, os nossos pensamentos podem influenciar diretamente na melhora ou no piora de um quadro de saúde. Porém as coisas não são tão objetivas e simples como dizem uns e outros por aí. Não caiamos na esparrela de acreditar em fórmulas sacrais de repetição de “pensamentos positivos” no afã de cura de enfermidades, principalmente as hereditárias e/ou crônicas.
Os estudos de PNL demonstram que a mente inconsciente ou subconsciente atua no nosso corpo de uma maneira muito direta, com uma intensidade ainda não mapeada em sua totalidade. Em PNL dizemos que corpo e mente são uma coisa só, porque ambos sofrem influências retroalimentares.
No estudo das energias, é muito comum ouvir a palavra chakra – significa roda que gira em sânscrito – que são basicamente pontos de entrada e saída de energia no nosso corpo. O termo centros de energia também é muito comum de ser utilizado. Esses chakras tem correlação direta com algumas glândulas endócrinas e também correspondência com as nossas emoções.
Em se tratando das DII’s, o sistema digestório fica mais suscetível de sofrer abalos e ficar afetado em decorrência do stress, trazendo a partir daí a possibilidade dos desarranjos intestinais, dores e crises que sabemos acontecer com quem é portador de algumas dessas doenças.
Reiki para DII
O Reiki é uma técnica japonesa de reequilíbrio energético através de imposição das mãos. Não há massagens, fricções, apertões, apenas o toque suave das mãos em pontos específicos do corpo em que estão localizados os chakras principais e pontos adjacentes.
Para o olhar da terapia energética, tudo indica que o manejo do estresse e da ansiedade é o caminho mais assertivo para o tratamento de uma doença inflamatória intestinal, pois quando somos submetidos reiteradas vezes ao estresse e a ansiedade, desarranjamos em nós mesmos a nossa estrutura energética.
O indivíduo quando se sente muito contrariado frequentemente gera em torno de si energias intensas na região do chakra do plexo solar – na região umbilical – e isso afeta diretamente toda a região gastrointestinal, não raro vemos pessoas quando levadas a alto nível de estresse e contrariedade terem diarreia ou mesmo ânsia de vômito.
Essas energias desequilibradas afetam também, o chakra básico – localizado na região do períneo – está diretamente vinculado às glândulas adrenais que são responsáveis pela liberação de cortisol e adrenalina no corpo, que muito comumente liberamos em situações de estresse, raiva, contrariedades fortes.
Ao se submeter a um tratamento com reiki, aos poucos a pessoa é levada a um estado de tranquilidade, pois a técnica pode proporcionar também uma calma durante a sua aplicação, o que permite a pessoa reavaliar e ponderar sobre as próprias atitudes e reações no dia-a-dia.
Bons terapeutas que trabalham com reiki não prometem cura de doença alguma, pois sabemos que mesmo que haja remissão completa de qualquer enfermidade, nada garante que não possa voltar um dia. No entanto, sabemos o quanto podem ser aliviados dores, reações adversas causadas por medicações, efeitos colaterais e até mesmo a melhor aceitabilidade do organismo em relação a alguns princípios ativos.
O reiki serve para auxiliar a pessoa a rebaixar os níveis de cortisol no corpo quando estão altos, aumentar a serotonina e até mesmo a endorfina, que são hormônios que sabemos combater as dores.
Reequilibrar as energias significa encontrar a maneira de viver que permite manter os bons quadros de funcionamento endócrino, mental e emocional do indivíduo, e isso não se faz com um ou duas sessões milagrosas de terapia. O processo terapêutico concita a pessoa à reflexão e entendimento do que rebaixa suas energias através do próprio comportamento no dia-a-dia. Há a necessidade de se conhecer e se entender de tal maneira a descobrir os momentos que levam ao rebaixamento da imunidade que propicia crises.
A manutenção das próprias energias é um exercício diário e não um trabalho milagroso de cristais, amuletos, gurus, técnicas infalíveis, não. É comprometimento diário com o próprio desejo de se manter são. Como se fosse uma prática diária de “homeostase energética”, na certeza de que esse compromisso é muito mais nosso do que das pessoas a nossa volta.
Para manter as energias em equilíbrio, muitas vezes é preciso modificar hábitos em todas as esferas – familiar, profissional, social, alimentar, espiritual – para que o bem estar que procuramos seja uma realidade prevalecente na nossa vida.
O reiki é uma técnica, e como qualquer técnica ela tem seu limite de funcionamento. Ela pode proporcionar reequilíbrio energético, pode oferecer restabelecimento do funcionamento fisiológico e também certo equilíbrio emocional, desde que o paciente esteja disposto a se implicar no seu processo e se colocar a disposição daquilo que pode lhe trazer melhor saúde e bem estar físico, emocional, mental e energético.
Hipnose para DII
A mente inconsciente ou o subconsciente se ocupa da maior parte do funcionamento do corpo humano. Ainda tenta-se descobrir se é real a média especulada de 95% do processamento da mente ser inconsciente, o que não me parece absurdo levando em consideração que seus batimentos cardíacos, sua respiração, o crescimento dos seus cabelos, unhas, dentes, cicatrizações, nada disso passa pelo aval da sua mente consciente.
Levando em consideração que a ansiedade e o estresse podem agravar os quadros e doenças inflamatórias intestinais, situações traumáticas ou exposição a “fatores fóbicos” podem ser geradores de crises na pessoa que sofre de DII. Isso porque uma experiência emocionalmente marcante de cunho negativo, pode levar a quadros de ansiedade por longo períodos de tempo levando a pessoa a desarranjos gastrointestinais.
Se há uma experiência traumática, que ao revisita-la na memória leva a pessoa ao estado de ansiedade ou mesmo de crises de ansiedade com agravamento pela crise intestinal, é possível tratar esse trauma através do transe hipnótico, para ressignificar essa experiência com a pessoa e ela poder quem sabe reduzir as crises da sua doença.
Muitas pessoas desenvolvem fobia de alguma coisa por inúmeros motivos diferentes, se a questão é reações a algum “elemento fóbico” – pessoas, lugares ou situações – a hipnose também é uma ferramenta excelente para que possamos mergulhar na mente inconsciente dessa pessoa, para que ela possa tratar a sua relação com isso que lhe traz alto nível de ansiedade e estresse só de pensar em encontrar.
O resultado dessa experiência pode ser uma melhoria no quadro da doença inflamatória intestinal, afinal de contas, tratar a ansiedade e o estresse são caminhos importantes para o equilíbrio de quem sofre.
PNL para DII
A mente inconsciente ou o subconsciente se ocupa da maior parte do funcionamento do corpo humano. Ainda tenta-se descobrir se é real a média especulada de 95% do processamento da mente ser inconsciente, o que não me parece absurdo levando em consideração que seus batimentos cardíacos, sua respiração, o crescimento dos seus cabelos, unhas, dentes, cicatrizações, nada disso passa pelo aval da sua mente consciente.
Levando em consideração que a ansiedade e o estresse podem agravar os quadros e doenças inflamatórias intestinais, questões mal resolvidas no dia-a-dia ou mesmo do passado, talvez sejam gatilhos que levem a pessoa a disparar desarranjos intestinais ao longo da vida.
Todas as vezes que revisitamos no pensamento, situações desagradáveis a mente inconsciente revive em toda sua pujança essa experiência. Para a mente inconsciente o que é imaginado é como se fosse vivido outra vez. Isso pode levar uma pessoa a entrar em processos de ansiedade inúmeras vezes ao longo do dia. Isso acontecendo ela pode a qualquer momento acionar os seus gatilhos de luta/fuga, para não reviver isso, e, uma das consequências possíveis são os desarranjos intestinais.
A Programação Neurolinguística pode levar – através de técnicas conversacionais ou específicas – o indivíduo a olhar para o mundo a sua volta por perspectivas diferentes. Quando falamos com um profissional da área da saúde mental dos problemas que nos afligem diariamente ou mesmo de problemas que nos acometeram no passado, somos conduzidos a uma espécie de “esvaziamento” disso que nos adoece.
Esse esvaziamento metafórico acontece em decorrência de uma compreensão mais confortável pra si mesmo daquilo que aconteceu. Ao modificar a maneira de compreender e sentir as nossas experiências incômodas é como se elas perdessem o sentido e motivo de serem cultivadas dentro de nós.
A PNL auxilia a cognitivamente olhar por novas perspectivas aquilo que nos aconteceu. Dois termos comuns da PNL são modelos de mundo e filtros mentais. Nós construímos o nosso modelo de mundo utilizando os filtros que nos deram(ensinaram a ter) para lidar com a realidade. As vezes esses filtros(maneira de ver a vida) ficam obsoletos e junto com eles o jeito de viver(modelo de mundo) também fica. Mas quando insistimos em sustenta-los mesmo assim acabamos por adoecer.
Quando então vemos novas maneiras, novas formas e acessamos novas forças em nós, e descobrimos que realmente somos os únicos que farão por nós as mudanças necessárias para uma vida melhor, acontece o que podemos chamar de autoconhecimento e desenvolvimento do autoamor. As únicas ferramentas capazes de nos colocar em harmonia conosco mesmo, propiciando um bom funcionamento fisiológico, mental e emocional.